Dia desses fui convidada para escrever uma coluna na revista Botucatu Especial. E, adivinha?! Adorei a idéia!!!!
Pois então, logo de cara já batizei a coluna de "Lar doce Lar" e, como não poderia deixar de ser, meu primeiro texto foi sobre aconchego, aquela teclinha na qual eu sempre bato aqui...
Pois então, logo de cara já batizei a coluna de "Lar doce Lar" e, como não poderia deixar de ser, meu primeiro texto foi sobre aconchego, aquela teclinha na qual eu sempre bato aqui...
Agora que a segunda edição da coluna está no forno, vou colocar aqui o texto da primeira coluna, recheado com algumas fotos a mais! E, claro, quem puder, dê uma passadinha no site da revista prá ver como ficou bacana lá!
Nas
últimas
décadas
vimos
o
moderno
e
prático
tomarem
conta
de
nossas
vidas
e
de
nossas
casas.
Queríamos
tudo
o
que
demandasse
menos
trabalho
e
menos
“perda
de
tempo”
em
casa.
Até
porque
cuidar
da
casa
esteve
completamente
fora
da
moda
após
as
conquistas
feministas.
Hoje,
com
a
correria
completamente
instalada
em
nossas
vidas,
temos
sentido
a
necessidade
de
desacelerar.
A
vida
moderna
chegou
acompanhada
de
tamanho
cansaço
que,
ao
invés
de
simplesmente
uma
morada,
nossa
casa
se
torna
um
verdadeiro
refúgio
– é
nela
que
nos
sentimos
protegidos,
que
queremos
passar
nosso
tempo
livre,
receber
os
amigos,
descansar
e
recarregar
as
baterias.
Um cantinho gostoso assim para descansar e apreciar o ritmo da natureza não tem preço! Foto: Arquivo Pessoal
E
para
alcançar
esse
tão
merecido
aconchego,
a
tendência
é
cada
vez
mais
preencher
a
casa
com
móveis
e
objetos
que
nos
tragam
conforto,
que
evoquem
boas
lembranças
e
que
nos
remetam
a
tempos
mais
calmos,
a
uma
vida
mais
simples,
criativa
e
sustentável.
Entram
em
cena
agora
objetos
comprados
em
viagens,
presentes
ou
heranças
de
pessoas
queridas
e
as
coisas
“do
tempo
da
vovó”.
Voltam
à
moda
com
tudo
os
bules
e
canecas
de
ágata,
o
cafezinho
de
coador
(ainda
que
numa
versão
modernizada,
individual),
as
almofadas
bordadas
a
mão,
como
se
com
eles
voltasse
também
o
próprio
“tempo
da
vovó”!
Acho
que
chegamos
à
conclusão
de
que
elas
– com
suas
panelas
de
ferro,
suas
colchas
de
crochet,
seus
carrinhos
e
sacolas
de
feira
e
o
“lixinho
de
restos
para
as
galinhas”
é
que
estavam
certas!
Até
mesmo
os
termos
“vintage”
e
“retrô”
estão
na
última
moda!
A pausa para descansar, espreguiçar e tomar um cafezinho no meio de um dia de trabalho agora é questão de saúde!
Foto Arquivo Pessoal
A
impressão
que
tenho
é
de
que
antes
queríamos
o
“chique”,
o
moderno,
a
tecnologia.
E
hoje
vemos
que
caminhamos
para
um
mundo
tão
caótico,
estressante
e
degradado
que
tudo
o
que
queremos
é
voltar
atrás
e
resgatar
atitudes
mais
sustentáveis,
viver
de
forma
mais
simples,
mais
próximos
da
natureza
e
cercados
de
mais
gentileza.
Esse é o mundo que criamos e do qual agora estamos tentando desesperadamente fugir...
A
trendsetter
holandesa
Li
Edelkoort,
apontada
pela
revista
Time
como
uma
das
25
personalidades
mais
influentes
do
mundo
e
consultora
das
principais
grifes
de
moda,
design
e
produtos
de
consumo,
diz
na
última
edição
de
seu
livro
anual
de
tendências
de
bem-estar
(The
Well-Being
Bible
– não
editado
no
Brasil)
que
a
sociedade
está
focando
cada
vez
mais
na
descoberta
de
um
senso
de
conforto
em
todos
os
aspectos
do
cotidiano.
Segundo
ela,
as
pessoas
estão
procurando
mais
autenticidade,
honestidade
e
verdade.
De
certa
forma,
é
o
começo
do
fim
da
globalização,
no
sentido
de
que
estamos
cansados
de
ver
os
mesmos
produtos
no
mundo
todo,
quer
você
esteja
em
Tókio,
Nova
York
ou
São
Paulo.
Em
tempos
de
ataques
terroristas,
conflitos,
desastres
naturais
e
crises
econômicas,
as
pessoas
têm
necessidade
de
mais
segurança,
mas
também
de
sentimento
de
conforto,
calma
e
equilíbrio.
Segundo
Edelkoort,
o
desejo
de
bem-estar
será
a
força
motriz
em
todos
os
aspectos
da
vida
e
a
tendência
é
que
as
pessoas
criem
seus
próprios
“ninhos
de
bem-estar”
em
casa.
Com
a
crise
econômica,
as
pessoas
passam
mais
tempo
em
casa,
se
dedicam
mais
à
família
e
às
pessoas
próximas.
A
palavra
de
ordem
em
seu
livro
é
cozy,
que
em
português
significa
acolhedor,
aconchegante.
Agora, os móveis da vovó (como esses, que eram da minha!) voltam a ter lugar de destaque na decoração e um cantinho ensolarado como esse leva embora a frieza dos tempos modernos. Foto Arquivo Pessoal.
As
tendências
para
a
decoração
de
interiores
apontam
para
a
liberdade
na
mistura
do
rústico
com
o
contemporâneo,
do
caro
com
o
barato,
do
velho
com
o
novo,
para
a
“ruralização”
e
para
o
renascimento
de
produtos
regionais
e
artesanais.
Ambientes
mais
íntimos,
menores
e
com
formas
mais
orgânicas,
que
remetam
aos
valores
essenciais,
serão
valorizados
e
a
cozinha
será
cada
vez
mais
o
lugar
preferido
da
casa
para
reunir
os
amigos.
Estarão
em
alta
a
lã,
o
algodão,
o
veludo,
o
tricot
e
os
bordados.
E
os
ambientes
frios,
minimalistas
e
intelectuais
estão
com
os
dias
contados!
Na decoração moderna, a cozinha ganhou destaque, voltou a ser um lugar pensado para receber os amigos e o toque retrô está presente em móveis, acabamentos e utensílios. Foto Casa e Jardim.
É
como
diz
a
música
de
Nando
Cordel:
“Estou
de
volta
pro
meu
aconchego,
trazendo
na
mala
bastante
saudade,
querendo
um
sorriso
sincero,
um
abraço,
para
aliviar
meu
cansaço
(...)”.
E esta aí sou eu, caminhando rumo ao futuro, em busca do meu aconchego no meu paraíso, lá no Mato Grosso do Sul!
Com amor,
Bió
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